
ela achava que o amor era uma decisão que se toma, parecido com escolher o legume a ser comprado para o almoço. dizia, naquela voz chorosa: “por que você não me ama?”. ele um abismo de silêncios sem eco. entre ambos, a expansão da matéria escura, dos desacertos existenciais, do descompasso cujo desenho é feito à mão livre. “quando precisa de palavras”, ele disse, cansado feito um velho sábio, “o amor não está mais lá”. que servisse de lição para ela, mas nada a abalava. as mulheres, ele suspirou, têm uma determinação e uma persistência insuportáveis. e têm o péssimo hábito de achar que o amor organiza.
… quando o amor bagunça.
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como diz o mariel fernandes, sempre.
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Republicou isso em // sobre a (minha) solidão..
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o amor sempre bagunça.
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e não arruma depois.
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