Não é que eu o equipare a um ator de teatro: Deus me livre, ainda mais porque eu mesmo o estimo.
Fiódor Dostoiévski — Os demônios
Não é que estamos todos atuando nessa peça que é a nossa vida?, ele perguntou, com um olhar aparvalhado. Queria ser inteligente, provocador. Mas essas coisas não são assim tão fáceis. Para começo de conversa, respondi, nós quem, cara pálida? Por acaso te dei procuração para falar em meu nome? Parei com todas as atuações, impostações, deturpações, insisti com ele, e agora é tudo para valer. E, como se para provar meu ponto, entreguei-lhe dois socos que lhe causaram um par de olhos roxos e inchados e espero que tenham aberto os canais para uma outra ordem de entendimento das coisas.
Que ótimo texto!
E eu ando precisando acertar umas contas também! 🙂
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Haha, acho que todo mundo tem razões para isso, não?
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